terça-feira, 30 de agosto de 2011
OLHE PARA SI MESMO
Quantas vezes cuidamos do outro e nos esquecemos de dar atenção a nós mesmos? A maioria de nós sempre estamos dispostos a abrir parte de sua agenda para os outros, e para nós mesmo, será que somos capazes de tirar um tempo para ficar a sós conosco. Temos sempre a desculpa perfeita que nos leva a fazer tal ato. Quando é o trabalho, precisamos ganhar mais dinheiro, quando é uma amigo, o problema dele sempre é maior que o nosso, quando é os filhos, existe a culpa de não estarmos com eles o tempo todo, e com você, quando que você abre um horário para ficar com você? Pois é, parece simples a pergunta, mas a maioria de nós não para para responder ou refletir sobre ela.
Sabemos o quanto é ruim não dar ouvidos e atenção aos nossos sentimentos e as mensagens do nosso corpo, mas mesmo assim, deixamo-nos de lado, ignoramos nossas vontades, temos sensações de mal estar, mas camuflamos esses sinais como se eles realmente não existissem e vivemos a vida sem olhar para nós.
Alguns ainda pensam que a felicidade dos outros basta. Ledo Engano! Afinal quem não pode cuidar de si mesmo, torna-se incapaz de cuidar bem do outro.
Saiba que não há mente e nem mesmo corpo que aguente tanta pressão de fazer o outro feliz. Não pense que isso é uma questão de egoísmo, acredite, é amor próprio, uma espécie de solidariedade consigo mesmo.
Pare um pouco e pense: há quanto tempo você não tira um momento para ficar a sós com você?
"A felicidade consiste em conhecer seus limites e ama-los" (Romain Rolland - Escritor Francês)
sábado, 4 de junho de 2011
A MAIS NOBRE NECESSIDADE
Recebi este texto e gostei muito, resolvi compartilhar.
No mínimo uma vez ao dia, nosso velho gato preto vem até um de nós, de uma forma que todos passamos a ver isso como um pedido especial. Não que ele queira ser alimentado ou que o deixem sair ou algo do gênero. Sua necessidade é de algo bem diferente.
Se você tem um colo acessível, ele saltará para ele; se não, é provável que permaneça ali, de pé, olhando-o suplicante, até que você libere seu colo para ele. Uma vez ali, ele começa a vibrar, quase antes de você afagar suas costas, coçar seu queixo e repetir várias vezes o quanto ele é um bom gatinho. Então, seu motor entra em rotação de verdade; ele se contorce para ficar confortável; ele se esparrama. De vez em quando, um de seus ronrons lhe foge ao controle e se transforma num ronco. Ele olha para você com olhos bem abertos de adoração e lhe dá aquela longa e demorada piscadela de confiança definitiva, própria dos gatos.
Depois de algum tempo, aos poucos, ele se aquieta. Se achar que pode, talvez fique no seu colo para uma soneca aconchegante. Mas é igualmente provável que salte para o chão e vá perambular por aí e cuidar dos seus afazeres. Em qualquer das hipóteses, ele está se sentindo bem.
Nossa filha coloca tudo isso numa frase simples: "Blackie precisa ser afagado".
Em nosso lar ele não é o único que tem essa necessidade: eu a compartilho e minha esposa também. Sabemos que essa necessidade não é exclusiva de nenhuma faixa etária. Ainda assim, uma vez que sou professor e pai, eu a associo especialmente aos jovens, com sua rápida e impulsiva necessidade de um abraço, de um colo quente, uma mão segura, uma coberta bem arrumada, não porque algo esteja errado, não porque algo precisa ser feito, apenas porque este é o seu jeito de ser.
Há uma porção de coisas que eu gostaria de fazer por todas as crianças. Se eu pudesse realizar apenas uma, seria esta: garantir a cada criança, em todos os lugares, pelo menos um bom afago todos os dias.
As crianças, como os gatos, precisam de tempo para serem afagadas.
Fred T. Wilhelms
Canja de Galinha para a Alma
Jack Canfield & Mark Victor Hansen
(livro esgotado)
No mínimo uma vez ao dia, nosso velho gato preto vem até um de nós, de uma forma que todos passamos a ver isso como um pedido especial. Não que ele queira ser alimentado ou que o deixem sair ou algo do gênero. Sua necessidade é de algo bem diferente.
Se você tem um colo acessível, ele saltará para ele; se não, é provável que permaneça ali, de pé, olhando-o suplicante, até que você libere seu colo para ele. Uma vez ali, ele começa a vibrar, quase antes de você afagar suas costas, coçar seu queixo e repetir várias vezes o quanto ele é um bom gatinho. Então, seu motor entra em rotação de verdade; ele se contorce para ficar confortável; ele se esparrama. De vez em quando, um de seus ronrons lhe foge ao controle e se transforma num ronco. Ele olha para você com olhos bem abertos de adoração e lhe dá aquela longa e demorada piscadela de confiança definitiva, própria dos gatos.
Depois de algum tempo, aos poucos, ele se aquieta. Se achar que pode, talvez fique no seu colo para uma soneca aconchegante. Mas é igualmente provável que salte para o chão e vá perambular por aí e cuidar dos seus afazeres. Em qualquer das hipóteses, ele está se sentindo bem.
Nossa filha coloca tudo isso numa frase simples: "Blackie precisa ser afagado".
Em nosso lar ele não é o único que tem essa necessidade: eu a compartilho e minha esposa também. Sabemos que essa necessidade não é exclusiva de nenhuma faixa etária. Ainda assim, uma vez que sou professor e pai, eu a associo especialmente aos jovens, com sua rápida e impulsiva necessidade de um abraço, de um colo quente, uma mão segura, uma coberta bem arrumada, não porque algo esteja errado, não porque algo precisa ser feito, apenas porque este é o seu jeito de ser.
Há uma porção de coisas que eu gostaria de fazer por todas as crianças. Se eu pudesse realizar apenas uma, seria esta: garantir a cada criança, em todos os lugares, pelo menos um bom afago todos os dias.
As crianças, como os gatos, precisam de tempo para serem afagadas.
Fred T. Wilhelms
Canja de Galinha para a Alma
Jack Canfield & Mark Victor Hansen
(livro esgotado)
sábado, 28 de maio de 2011
Casar para que?
Quando oriento noivos que estão para se casar, esta é uma pergunta que geralmente é feita em algum momento durante as sessões. Geralmente são ouvidas com um certo espanto pelos nubentes, talvez por eles pensarem ser tão óbvio a razão de estarem se casando, afinal eles se amam e pensam que isto por si só basta.
As respostas são infinitas e quase nunca padronizadas. Algumas respostas mais comuns são: é para ser feliz, para fazer o outro feliz ou para formar a minha família.
Seja qual for a resposta, o certo é que ninguém casa para ser infeliz. Então se espera que ao se casar os nubentes estejam conscientes que a vida a dois não é um mar de rosas, e que as rosas existem com seus espinhos e que espetam e precisam ser cuidados assim como as rosas. Não imaginem que sou contra o casamento, muito pelo contrário, amo esse trabalho que faço “uma terapia preventiva para os futuros casais”, que constitui de mais ou menos 10 sessões aonde os noivos podem conversar sobre si mesmos, verificar o conhecimento um do outro, por coisas complicadas (como ter filhos ou não) até as mais simples (quem organizará a casa, compras, será que é mais simples?).
Os noivos também passam por um momento de entrar em contato com a família de origem, a vida financeira e outros assuntos tão difíceis de acertar após já estarem juntos.
O certo é que as diferenças existem. Viva as diferenças! Entretanto elas podem somar num relacionamento a dois quando são ditas, trabalhadas e acertadas, sem que as expectativas sejam a única a coordenar a vida a dois. O acordo feito pelo casal neste momento poderá e deverá mudar no decorrer da vida dos dois, como nascimento de filhos, envelhecimento dos pais, saída dos filhos de casa, esquema de trabalho, desemprego e outras coisas que acontecem na vida individual que certamente afetarão a vida do novo casal.
O maior problema é quando se escuta a frase “eu pensei que você sabia”, a idéia que algumas pessoas tem que o outro advinha simplesmente pelo fato de te amar é utópica. O outro pode te conhecer bem para fazer uma surpresa agradável, mas ele tem que saber primeiro se você gosta de surpresas, se não já não será tão agradável. Conhecimento e autoconhecimento são fundamentais!
Como terapeuta de casal, costumo dizer que esta fase é mais gostosa, pois trabalho com casais antes da crise se instalar, desenvolvo junto com eles, uma forma única de se relacionar e resolver conflitos e os acompanho nos primeiros três anos de casamento, considerados, por especialistas, os mais críticos. É sem dúvida um trabalho preventivo e gostoso de fazer, sinto fazendo parte do crescimento dessa terceira pessoa que é o casal.
Não posso afirmar que este trabalho elimina futuras crises, mas que com certeza o futuro casal terá ferramentas necessárias para construir a sua casa com alicerces bem mais sólidos, isso eu posso afirmar.
sábado, 16 de abril de 2011
Assim é a vida de um terapeuta...
Sempre pensei na importância do psicoterapeuta fazer terapia, este video traduz não só a importância mas também relata que todo psicólogo é uma pessoa, envolvida com suas sombras, mas mesmo assim continua no seu trabalho, colocando o seu cliente como foco na sessão.
O profissional que trabalha com o outro só não pode alimentar suas neuroses, como o personagem do video, deve procurar ajuda e também ter seu momento de reconciliação consigo mesmo, só assim ele poderá ajudar ainda mais os seus clientes na sua clínica.
Assim como cursos, congressos, workshops são importantes, um trabalho pessoal, como cliente é fundamental para um futuro terapeuta.
O psicólogo deve procurar desde a sua formação um bom profissional para que através de um trabalho pessoal possa se conhecer mais, se transformar e assim ser um agente transformador em outras vidas.
O profissional que trabalha com o outro só não pode alimentar suas neuroses, como o personagem do video, deve procurar ajuda e também ter seu momento de reconciliação consigo mesmo, só assim ele poderá ajudar ainda mais os seus clientes na sua clínica.
Assim como cursos, congressos, workshops são importantes, um trabalho pessoal, como cliente é fundamental para um futuro terapeuta.
O psicólogo deve procurar desde a sua formação um bom profissional para que através de um trabalho pessoal possa se conhecer mais, se transformar e assim ser um agente transformador em outras vidas.
domingo, 6 de março de 2011
NEUTRALIDADE NA RELAÇÃO TERAPEUTICA
Um dia uma amiga minha me perguntou: Um psicólogo é realmente neutro na relação terapêutica?
A partir dessa pergunta comecei a refletir sobre a viabilidade e a real necessidade da NEUTRALIDADE que permeia o trabalho de um psicólogo.
Minha reflexão parte da abordagem terapêutica que escolhi para trabalhar, a Gestalt-Terapia, que compreende o cliente na totalidade e deseja que o mesmo amplie o nível de consciência dentro do processo terapêutico, tendo desta forma o foco de levar as pessoas a restaurar o contato consigo, com os outros e com o mundo.
Bom, para se ter contato, parto que existe uma relação. A terapia então nesta perspectiva é relacional, é um encontro, visto que enfatiza a relação inter-humana, de um ser frente a outro ser. Para pensar sobre o conceito de encontro considero a obra Martin Buber, filósofo austríaco que afirma que o homem se constitui como ser humano através do ''entrar em RELAÇÃO''. Assim a terapia acontece não só fora ou dentro da pessoa, mas, sobretudo na relação entre elas. Aos poucos através desta relação terapeuta-cliente podemos acompanhar os progressos na vida do ser que está a nossa frente.
Para facilitar o processo da relação terapêutica, o psicólogo oferece disponibilidade na sessão, para que o cliente possa falar abertamente dos seus problemas, das suas dúvidas e angústias. Diferente de um amigo, o profissional respeitará o ritmo de cada pessoa para expor os seus pensamentos e sentimentos. Estará presente na relação e colocará o cliente como foco principal dela, assim o cliente direciona todo o processo terapêutico e o terapeuta acompanha as possibilidades dele, facilitando uma ampliação da consciência.
Depois dessa pequena reflexão (porque esse tema é muito amplo), pude constatar que o psicólogo não é completamente neutro na sessão, visto que ele também é um ser no mundo, porém se a neutralidade parece algo impossível, o psicólogo deve tomar cuidado para não direcionar a sessão falando de sua própria vida, focando somente em suas opiniões e conceitos. Entretanto, não posso negar que o todo do terapeuta também estará presente, na forma que o mesmo se veste, arruma os objetos na sala, e no seu jeito de ser (a singularidade do terapeuta) influenciando de alguma forma no cliente, porém, numa brincadeira de figura e fundo, o psicólogo com sua individualidade tão presente é fundo nessa relação tão importante, onde a figura é o ser (o cliente) que lhe procura pedindo ajuda, no foco da sua existência.
A verdadeira filosofia é re-aprender a ver o mundo.
Merleau-Ponty.
FONTES:
Buber, Martin (1979) - Eu e Tu - São Paulo, Editora Moraes
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Viver é preciso...
.. uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, espararei quanto tempo for preciso. Clarice Lispector
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