Adriana Quintana - Psicóloga
Psicoterapeuta de crianças, adolescentes e adultos. Terapeuta familiar
terça-feira, 3 de abril de 2012
A GOTA D´AGUA - Tudo que se acumula transborda?
Tudo que se acumula transborda? É aquela famosa última gota do copo que está cheio e transborda. Entretanto quando transborda, não só cai a última gota, mas como toda água que está dentro do copo. No instante que a situação fica insuportável, o que sai para fora do copo são "todas" as gotas acumuladas.
Então não se engane, se você tem algo que não está conseguindo administrar e está enchendo o seu "copinho", terá um momento que o seu copo não terá mais espaço.
Nas familias, nas amizades, nas empresas, isso não será diferente, pessoas não atualizam o seu "copo", pensam que o ato de guardar cada gotinha é para uma boa convivência e vão armazenando vários copos dentro de si.
Não atualizam muitas das vezes por medo de perder a pessoa amada, perder o emprego, a amizade, mas se esquecem que estão perdendo a saúde física e emocional. O medo da perda e de se arriscar fazem com que as pessoas encham os seus "copinhos".
É claro que não estou falando para se distribuir "gotinhas" a todo momento pelo mundo, mas que com certeza, uma elaboração de seu copo, fará com que ele não precise transbordar em momentos...ditos.. errados.
O melhor é não acumular gotinhas de impaciência, nervosismo, carências e etc.
Encontre-se consigo mesmo e faça uma avaliação, você tem acumulado muitas gotinhas?
quarta-feira, 7 de março de 2012
Em momentos de despedidas, refletimos sobre os sentimentos que pairam no ar, sobre o que ficou com você do outro e o que do outro vai levar de você. Em dias como esse, reflito não a perda, mas o ganho, o que ganhei acompanhando essa pessoa, que conquista obtive, e pergunto ao outro o que no "ENTRE" nós dois conquistamos e o que não conquistamos. Frustação pode acontecer é claro, entretanto é surpreendente que na balança da vida, os ganhos são maiores que as perdas e desta forma consigo seguir em frente, sem medo de errar, mas sabendo que no erro existe aprendizado, e no acerto existe vitória!
São tantas as nossas despedidas, que esquecemos que elas são necessárias para o crescimento. Parece que tentamos desenvolver um hábito diferente do curso da vida, que as pessoas vem e vão. Se mantemos as pessoas ao nosso redor livres para as despedidas, mas ligadas a nós elas ficam, isso se chama de vínculo.
A segurança da criação de um vínculo nos trás a certeza que mesmo que algo aconteça que nos separe, sempre teremos alguma ligação com o outro que passou em nossa vida.
São tantas as nossas despedidas, que esquecemos que elas são necessárias para o crescimento. Parece que tentamos desenvolver um hábito diferente do curso da vida, que as pessoas vem e vão. Se mantemos as pessoas ao nosso redor livres para as despedidas, mas ligadas a nós elas ficam, isso se chama de vínculo.
A segurança da criação de um vínculo nos trás a certeza que mesmo que algo aconteça que nos separe, sempre teremos alguma ligação com o outro que passou em nossa vida.
Em momentos de despedidas, refletimos sobre os sentimentos que pairam no ar, sobre o que ficou com você do outro e o que do outro vai levar de você. Em dias como esse, reflito não a perda, mas o ganho, o que ganhei acompanhando essa pessoa, que conquista obtive, e pergunto ao outro o que no "ENTRE" nós dois conquistamos e o que não conquistamos. Frustação pode acontecer é claro, entretanto é surpreendente que na balança da vida, os ganhos são maiores que as perdas e desta forma consigo seguir em frente, sem medo de errar, mas sabendo que no erro existe aprendizado, e no acerto existe vitória!
terça-feira, 30 de agosto de 2011
OLHE PARA SI MESMO
Quantas vezes cuidamos do outro e nos esquecemos de dar atenção a nós mesmos? A maioria de nós sempre estamos dispostos a abrir parte de sua agenda para os outros, e para nós mesmo, será que somos capazes de tirar um tempo para ficar a sós conosco. Temos sempre a desculpa perfeita que nos leva a fazer tal ato. Quando é o trabalho, precisamos ganhar mais dinheiro, quando é uma amigo, o problema dele sempre é maior que o nosso, quando é os filhos, existe a culpa de não estarmos com eles o tempo todo, e com você, quando que você abre um horário para ficar com você? Pois é, parece simples a pergunta, mas a maioria de nós não para para responder ou refletir sobre ela.
Sabemos o quanto é ruim não dar ouvidos e atenção aos nossos sentimentos e as mensagens do nosso corpo, mas mesmo assim, deixamo-nos de lado, ignoramos nossas vontades, temos sensações de mal estar, mas camuflamos esses sinais como se eles realmente não existissem e vivemos a vida sem olhar para nós.
Alguns ainda pensam que a felicidade dos outros basta. Ledo Engano! Afinal quem não pode cuidar de si mesmo, torna-se incapaz de cuidar bem do outro.
Saiba que não há mente e nem mesmo corpo que aguente tanta pressão de fazer o outro feliz. Não pense que isso é uma questão de egoísmo, acredite, é amor próprio, uma espécie de solidariedade consigo mesmo.
Pare um pouco e pense: há quanto tempo você não tira um momento para ficar a sós com você?
"A felicidade consiste em conhecer seus limites e ama-los" (Romain Rolland - Escritor Francês)
sábado, 4 de junho de 2011
A MAIS NOBRE NECESSIDADE
Recebi este texto e gostei muito, resolvi compartilhar.
No mínimo uma vez ao dia, nosso velho gato preto vem até um de nós, de uma forma que todos passamos a ver isso como um pedido especial. Não que ele queira ser alimentado ou que o deixem sair ou algo do gênero. Sua necessidade é de algo bem diferente.
Se você tem um colo acessível, ele saltará para ele; se não, é provável que permaneça ali, de pé, olhando-o suplicante, até que você libere seu colo para ele. Uma vez ali, ele começa a vibrar, quase antes de você afagar suas costas, coçar seu queixo e repetir várias vezes o quanto ele é um bom gatinho. Então, seu motor entra em rotação de verdade; ele se contorce para ficar confortável; ele se esparrama. De vez em quando, um de seus ronrons lhe foge ao controle e se transforma num ronco. Ele olha para você com olhos bem abertos de adoração e lhe dá aquela longa e demorada piscadela de confiança definitiva, própria dos gatos.
Depois de algum tempo, aos poucos, ele se aquieta. Se achar que pode, talvez fique no seu colo para uma soneca aconchegante. Mas é igualmente provável que salte para o chão e vá perambular por aí e cuidar dos seus afazeres. Em qualquer das hipóteses, ele está se sentindo bem.
Nossa filha coloca tudo isso numa frase simples: "Blackie precisa ser afagado".
Em nosso lar ele não é o único que tem essa necessidade: eu a compartilho e minha esposa também. Sabemos que essa necessidade não é exclusiva de nenhuma faixa etária. Ainda assim, uma vez que sou professor e pai, eu a associo especialmente aos jovens, com sua rápida e impulsiva necessidade de um abraço, de um colo quente, uma mão segura, uma coberta bem arrumada, não porque algo esteja errado, não porque algo precisa ser feito, apenas porque este é o seu jeito de ser.
Há uma porção de coisas que eu gostaria de fazer por todas as crianças. Se eu pudesse realizar apenas uma, seria esta: garantir a cada criança, em todos os lugares, pelo menos um bom afago todos os dias.
As crianças, como os gatos, precisam de tempo para serem afagadas.
Fred T. Wilhelms
Canja de Galinha para a Alma
Jack Canfield & Mark Victor Hansen
(livro esgotado)
No mínimo uma vez ao dia, nosso velho gato preto vem até um de nós, de uma forma que todos passamos a ver isso como um pedido especial. Não que ele queira ser alimentado ou que o deixem sair ou algo do gênero. Sua necessidade é de algo bem diferente.
Se você tem um colo acessível, ele saltará para ele; se não, é provável que permaneça ali, de pé, olhando-o suplicante, até que você libere seu colo para ele. Uma vez ali, ele começa a vibrar, quase antes de você afagar suas costas, coçar seu queixo e repetir várias vezes o quanto ele é um bom gatinho. Então, seu motor entra em rotação de verdade; ele se contorce para ficar confortável; ele se esparrama. De vez em quando, um de seus ronrons lhe foge ao controle e se transforma num ronco. Ele olha para você com olhos bem abertos de adoração e lhe dá aquela longa e demorada piscadela de confiança definitiva, própria dos gatos.
Depois de algum tempo, aos poucos, ele se aquieta. Se achar que pode, talvez fique no seu colo para uma soneca aconchegante. Mas é igualmente provável que salte para o chão e vá perambular por aí e cuidar dos seus afazeres. Em qualquer das hipóteses, ele está se sentindo bem.
Nossa filha coloca tudo isso numa frase simples: "Blackie precisa ser afagado".
Em nosso lar ele não é o único que tem essa necessidade: eu a compartilho e minha esposa também. Sabemos que essa necessidade não é exclusiva de nenhuma faixa etária. Ainda assim, uma vez que sou professor e pai, eu a associo especialmente aos jovens, com sua rápida e impulsiva necessidade de um abraço, de um colo quente, uma mão segura, uma coberta bem arrumada, não porque algo esteja errado, não porque algo precisa ser feito, apenas porque este é o seu jeito de ser.
Há uma porção de coisas que eu gostaria de fazer por todas as crianças. Se eu pudesse realizar apenas uma, seria esta: garantir a cada criança, em todos os lugares, pelo menos um bom afago todos os dias.
As crianças, como os gatos, precisam de tempo para serem afagadas.
Fred T. Wilhelms
Canja de Galinha para a Alma
Jack Canfield & Mark Victor Hansen
(livro esgotado)
sábado, 28 de maio de 2011
Casar para que?
Quando oriento noivos que estão para se casar, esta é uma pergunta que geralmente é feita em algum momento durante as sessões. Geralmente são ouvidas com um certo espanto pelos nubentes, talvez por eles pensarem ser tão óbvio a razão de estarem se casando, afinal eles se amam e pensam que isto por si só basta.
As respostas são infinitas e quase nunca padronizadas. Algumas respostas mais comuns são: é para ser feliz, para fazer o outro feliz ou para formar a minha família.
Seja qual for a resposta, o certo é que ninguém casa para ser infeliz. Então se espera que ao se casar os nubentes estejam conscientes que a vida a dois não é um mar de rosas, e que as rosas existem com seus espinhos e que espetam e precisam ser cuidados assim como as rosas. Não imaginem que sou contra o casamento, muito pelo contrário, amo esse trabalho que faço “uma terapia preventiva para os futuros casais”, que constitui de mais ou menos 10 sessões aonde os noivos podem conversar sobre si mesmos, verificar o conhecimento um do outro, por coisas complicadas (como ter filhos ou não) até as mais simples (quem organizará a casa, compras, será que é mais simples?).
Os noivos também passam por um momento de entrar em contato com a família de origem, a vida financeira e outros assuntos tão difíceis de acertar após já estarem juntos.
O certo é que as diferenças existem. Viva as diferenças! Entretanto elas podem somar num relacionamento a dois quando são ditas, trabalhadas e acertadas, sem que as expectativas sejam a única a coordenar a vida a dois. O acordo feito pelo casal neste momento poderá e deverá mudar no decorrer da vida dos dois, como nascimento de filhos, envelhecimento dos pais, saída dos filhos de casa, esquema de trabalho, desemprego e outras coisas que acontecem na vida individual que certamente afetarão a vida do novo casal.
O maior problema é quando se escuta a frase “eu pensei que você sabia”, a idéia que algumas pessoas tem que o outro advinha simplesmente pelo fato de te amar é utópica. O outro pode te conhecer bem para fazer uma surpresa agradável, mas ele tem que saber primeiro se você gosta de surpresas, se não já não será tão agradável. Conhecimento e autoconhecimento são fundamentais!
Como terapeuta de casal, costumo dizer que esta fase é mais gostosa, pois trabalho com casais antes da crise se instalar, desenvolvo junto com eles, uma forma única de se relacionar e resolver conflitos e os acompanho nos primeiros três anos de casamento, considerados, por especialistas, os mais críticos. É sem dúvida um trabalho preventivo e gostoso de fazer, sinto fazendo parte do crescimento dessa terceira pessoa que é o casal.
Não posso afirmar que este trabalho elimina futuras crises, mas que com certeza o futuro casal terá ferramentas necessárias para construir a sua casa com alicerces bem mais sólidos, isso eu posso afirmar.
sábado, 16 de abril de 2011
Assim é a vida de um terapeuta...
Sempre pensei na importância do psicoterapeuta fazer terapia, este video traduz não só a importância mas também relata que todo psicólogo é uma pessoa, envolvida com suas sombras, mas mesmo assim continua no seu trabalho, colocando o seu cliente como foco na sessão.
O profissional que trabalha com o outro só não pode alimentar suas neuroses, como o personagem do video, deve procurar ajuda e também ter seu momento de reconciliação consigo mesmo, só assim ele poderá ajudar ainda mais os seus clientes na sua clínica.
Assim como cursos, congressos, workshops são importantes, um trabalho pessoal, como cliente é fundamental para um futuro terapeuta.
O psicólogo deve procurar desde a sua formação um bom profissional para que através de um trabalho pessoal possa se conhecer mais, se transformar e assim ser um agente transformador em outras vidas.
O profissional que trabalha com o outro só não pode alimentar suas neuroses, como o personagem do video, deve procurar ajuda e também ter seu momento de reconciliação consigo mesmo, só assim ele poderá ajudar ainda mais os seus clientes na sua clínica.
Assim como cursos, congressos, workshops são importantes, um trabalho pessoal, como cliente é fundamental para um futuro terapeuta.
O psicólogo deve procurar desde a sua formação um bom profissional para que através de um trabalho pessoal possa se conhecer mais, se transformar e assim ser um agente transformador em outras vidas.
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